Obter visto para vir a Angola não é fácil. A quantidade de papéis necessários, o escrever com a caneta preta e sempre com a mesma caneta porque eles percebem quando a caneta é diferente entre papéis. As fotos de cada vez que preencho um pedido, o extracto bancário de modo a comprovar que temos meios de subsistência, a informação da estadia, o ter já bilhete de avião emitido, .... é muita burocracia junta! Para obter visto de curta, até sete dias, nunca tive problemas. Para obter o visto ordinário, o de 30 dias, já é mais complicado, e isso vê-se nesta minha estadia de uma semana quando era para ficar novamente um mês.
Ontem adormeci a pensar que teria que entregar o pedido de prorrogação do visto até terça-feira. E a minha preocupação não foi a roupa que veio contada para cinco dias mas que não ia ter livros, séries e filmes para o fim-de-semana.
A preocupação passou quando hoje de manhã li no Jornal de Angola sobre a Feira Internacional da Música e da Literatura. Vi ali a minha hipótese de comprar literatura e música africana a preços baratos.
Quando me informaram que já não preciso de ficar até terça fui invadida por um misto de tristeza e alegria.
Alegria porque vou embora sexta-feira e no sábado estarei em Portugal para a despedida de solteira de uma grande amiga que conheci graças a um suspeito do costume.
Tristeza porque já não vou poder visitar a Feira da Música e da Literatura e voltar à Feira de Artesanato de Benfica.
Hoje adormeço a ver o último episódio de Sherlock ou quem sabe se não consigo acabar o livro "A ilha", depende se consigo despachar o que ainda tenho para fazer a tempo útil.
E se tudo correr bem, desta vez, com o próximo visto, volto na noite de 12 para 13 de Setembro por mais três semanas e aí terei tempo de voltar às feiras que tanto gosto e poder comprar mais quadros, tecidos e estátuas, que fizeram um sucesso entre amig@s e família.
Sem fotografia.
Hoje nem almocei de tanto trabalho!
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