Porque os sábados são como os Natais #13

Quando practicava desporto tinha sempre problemas com o número da camisola. No voleibol podia muito bem jogar com o 13, mas no futebol quase nunca me deixavam jogar com o número 13.

Gosto muito do número 13. 

Kandandu Angola #4.8 e 1/3

4ª viagem e à 9ª semana de trabalho que só tem dois dias volto a Portugal. 
No sábado fui ao Cemitério dos Navios. O Cemitério dos Barcos fica na praia de Santiago, Luanda Norte. A distância ao centro de Luanda é de apenas 20Km. 20Km que demoraram duas horas a fazer. Uma parte por minha culpa porque estava sempre a parar para tirar fotos.
Luanda Norte foi esquecida no tempo. Ou melhor, Luanda Norte está parada no tempo. Depois da antiga localização da feira do Roque começa a verdadeira Luanda. Uma Luanda que não aparece nos postais. Ao ir para Norte observa-se nitidamente a diferença entre a parte rica e a pobre. À esquerda a parte em que apostaram para os cartazes sobre a bela Luanda, as praias. À direita, Musseques e mais Musseques. Os Musseques são grupos de tijolos em cima de tijolos com zinco a fazer de telhado e com mais tijolos a prender o zinco e que tomam a forma de uma casa. 
Nos Musseques não há recolha de lixo, são os próprios habitantes quem queimam o lixo a céu aberto. 
Nos Musseques não há planeamento e ordenamento do território. A construção é à rebeldia e de acordo com os espaços vagos.   
Nos Musseques quando alguém morre não há velório na casa do morto. Os caixões não conseguem sair das paredes da casa ou passar nas mini estradas se fôr colocado na horizontal.  
Nos Musseques fazem-se negócio com tudo. As roupas das ONG são vendidas à porta das casas que ficam à beira da estrada e chamam-se "venda de roupa de fardo".  
Nos Musseques constroem-se à volta dos Imbondeiros. A sabedoria popular diz que quem abater um imbondeiro nunca mais terá sorte na sua vida.   
Nos Musseques descansam-se à sombra dos Imbondeiros.  
Dada a grandeza dos Musseques as distâncias são realizadas por mota. Existem táxis-mota às entradas dos Musseques. A esses táxis-mota chamam-se Kupapata
Nos Musseques a água é fornecida por camiões de água e as mulheres, carregam os bidões de água à cabeça.
Nos Musseques criam-se gado.
Nos Musseques não há planeamento familiar. 
Nos Musseques homem que não seja poligamo é a anedota do grupo.  
Nos Musseques o sexo forte é o feminino. As mulheres angolanas carregam o peso do sustento da vida delas, dos filhos e do marido na cabeça e às costas.
Deixo aqui todo o meu respeito e consideração por estas mulheres. 

Dados da foto: eu
Data: 25-Setembro-2010
Musseque na zona do Cacuaco, Luanda, Angola

Volto a Portugal amanhã porque os trabalhos cá já não justificam a minha presença. Voltarei em breve com mais crónicas sobre Angola.
P.S. - Quando comecei a escrever o meu objectivo era falar sobre a grandeza do cemitério, mas o meu lado mais emotivo foi mais forte que a razão.



Musicoterapia: I Still Haven't Found What I'm Looking for

Porque esta já foi uma das músicas da minha vida. 
E porque vou, pela primeira vez, ver os U2 ao vivo. :) 

Música: U2 - Still haven't found what I'm looking for

Happy Birthday, dear blog!

5 years of sharing!


Insomnia ...

Silence is golden #07

9 palavras mortais

They say it has no memory #13

Já não me lembro de ser outra pessoa.

no comments #02

Um dia andei pela primeira vez de avião. Fez ontem quinze anos que esse dia aconteceu.
Um dia cheguei a Coimbra pronta a lutar por um sonho.  Faz hoje quinze anos que esse dia aconteceu.
Um dia voltarei a tirar outro curso. Não é hoje esse dia.
Dados da foto: eu
Data: 26-Setembro-2010
Praia do Grill,  Ilha de Luanda, Angola

"They´re just moments. They´re not life…" #15

being still and doing nothing are two very different things. ...
from movie: Karate Kid
Autor da fotografia: Alex Pinto
Ver mais aqui.

Kandandu Angola #4.08


4ª viagem, 8ª semana em Angola.
Poucos copos, má alimentação, muito trabalho, dormir pouco.  
Hoje sinto-me cansada e com pouco assunto sobre Luanda. Talvez esta tenha sido a semana em que menos coisas aconteceu além das actividades relacionadas com trabalho. Ou então aconteceram pequenas coisas que não merecem relato. 
O feito desta semana foi que conduzi pela primeira vez em hora de ponta. E dizem vocês: ena, grande coisa! 
Para mim, é um grande acto. 
Até ao momento só tinha conduzido ao fim-de-semana e era só para ir à praia. Desta vez fui até à zona da ilha de Luanda jantar com uma amiga que trabalha na concorrência. Se no início estava com um certo receio, não por mim mas, pela quantidade de jeeps ou hummers que podem dar um pequeno encosto ao pequeno hyundai e virá-lo, cedo apercebi-me que tenho é que ter cuidado com os candogueiros e não com os restantes motoristas. Não foi fácil. Aqui as regras de trânsito não são respeitadas, os semáforos quase nunca funcionam, uma estrada de duas vias parece de quatro, os carros metem-se uns pelos outros e até a porcaria das luzes de trazão dos carros não são substituídas.
Fiz o meu trajecto, conduzi ao anoitecer e regressei a casa já noite. Não fui mandada parar e se o tivesse sido já tinha preparado o dinheiro para a 'gasosa', com dinheiro num bolso para dar ao polícia. Cá funciona assim. :( 
A experiência é a repetir, agora que vou continuar a regressar quase de mês a mês.
O trabalho correu muito bem nestas semanas. Disseram-me que eu não posso trabalhar a 200 à hora em Angola. E eu achava que estava a trabalhar a 60. O fecho dos trabalhos cá correram tão bem desta vez que volto a Portugal mais cedo. Fizemos um teste à minha primeira estadia cá completamente sozinha e eu dei conta do recado. Além de me sentir feliz e realizada, acho que atingi os meus objectivos como pessoa que passou por continuar a adaptar-me bem em Angola. 
E sinto que adaptei-me bem quando conheço as tascas, os mini-mercados, compro fruta na rua e na rua e falam comigo em mangolês e eu percebo. Além que continuam a chamar-me de mulatinha. :)

A frase desta semana foi dita por umas raparigas lá no Cliente que me perguntaram sobre o que é que eu conhecia cá, e elas responderam:
- tu és mais angolana que nós, até de mufete e calulu gostas.
Gosto da comida, sim! Já tinha dito que é parecida com a madeirense. Não estranhei nada. 
Dados da foto: eu
Data: 18-Setembro-2010
Complexo Turístico Doce Mar, Cabo Ledo, Angola

Amanhã vou ao Cemitério dos Barcos e não, não vou sozinha. Vou eu e claro, o Domingos. :)



Smile of the day # 16

No sofá da casa de um benfiquista


"Home is where you can say anything you like cause nobody listens to you anyway. " 

E porque as paredes às vezes têm ouvidos, mais vale dizer abertamente o que pensamos quando nos questionam sobre algo. 
Aceitei o desafio do Paulo e respondi a dez perguntas, dez perguntas que me fizeram pensar muito. 
Nunca é fácil responder quando o assunto é "eu". :)






Soltas #16

"- Acho que o importante é fazer alguma diferença - disse ela. - Mudar realmente alguma coisa, percebes?- O quê, tipo "mudar o mundo", é isso?- Não o mundo inteiro! Só aquele bocadinho à tua volta. Ficaram em silêncio durante um momento, de corpos enrolados um no outro, na cama de solteiro, e então desataram os dois a rir com vozes graves de antes da aurora.- Nem acredito no que acabei de dizer - murmurou ela. - Parecia uma velha, não parecia?- Um bocadito."
Um dia de David Nichols





Este é o início do livro que comecei a ler ontem à noite! 
Hoje só quero que chegue logo para poder retomar a leitura.

de viagens e outros assuntos #03

À distância de uma chamada ou à distância de uma mensagem no MSN ou no googletalk está o meu irmão mais novito. Hoje o oceano atlântico separa-nos. Para a semana já estaremos no mesmo continente. Hoje ligou-me a dizer que está a adorar a praxe. Para a semana já não sei se dirá o mesmo. Para já ele está a gostar da sensação de independência e de finalmente poder mostrar valor sem os irmãos a protegê-lo e de os meus pais a fazerem-lhe tudo. Os meus pais estão sozinhos na casa da ilha. Sete filhos e nenhum está em casa. Quatro no continente, três na ilha. O meu irmão deu aquele pequeno grande passo que lhe faltava e pegou na mala e foi em busca do sonho de poder saber fazer aspirinas. Está a amadurecer o Rosa mais novo. :)

Porque os sábados são como o Natal #12

Das coisas que mais tenho saudades da Madeira... é de passar horas a brincar com os meus sobrinhos e com as filhas da Sónia.

5 factos. 10 coisas que gosto.


A Kelle desafiou-me a contar 5 factos e 10 coisas que gosto. 



Factos
* Sempre que viajo guardo as moedas e tento regressar a casa com uma espécimen de todas as moedas do país que visitei. O meu pai faz colecção de moedas.
* A cor do meu cabelo não é natural. Pinto-o por causa dos brancos e não são poucos.
* Ando sempre de saltos. As havaianas são metidas na mochila quando vou à praia e só troco de sapatos ao sair do carro. 
* Só tenho MEO em casa por causa do meu pai e ele só vai a Lisboa de três em três meses por causa das consultas da minha mãe.
* Sempre que vou à Madeira tenho um jantar com as minhas comadres. Umas delas nem são comadres. :) Mas, conhecemo-nos desde os 10 anos de idade, somos todas do Estreito e estivemos sempre em contacto umas com as outras nas últimas decádas.

Gosto de: 
01. Ler; 
02. Usar vestidos de verão;
03. Ir ao cinema sozinha;
04. Estar com os amig@s... sem data de fecho da loja;
05. Ver futebol no sofá da casa dos meus pais;
06. Jogar às cartas com a família;
07. Viajar;
08. Conduzir e ouvir música;
09. Nadar;
10. Rir.

Vou passar este desafio a:

Musicoterapia: leave all your love and your loving behind you

Porque esta é a música que me informa de que tenho alguém a querer falar comigo no meu telemóvel pessoal. 
E porque o telemóvel pessoal toca muito menos quando cá estou em Luanda. 

Música: Florence and The Machine - Dog Days are Over

When expectations aligns with reality #04

And you just did. :)

no comments #01

Dados da foto: eu
Data: 18-Setembro-2010
Praia de Cabo Ledo, Angola

They say it has no memory #12

Mary: I had this guy leave me a voicemail at work, so I called him at home, and then he emailed me to my BlackBerry, and so I texted to his cell, and now you just have to go around checking all these different portals just to get rejected by seven different technologies...It's exhausting. 
Já não me lembro de viver sem estar online.
E já agora...gostaria de ter um pacote de dados, baratinho, para o BB cá em Angola.





Silence is golden #06

"They´re just moments. They´re not life…" #14

Danny Archer: So you think because your intentions are good, they'll spare you, huh? 
Benjamin Kapanay: My heart always told me that people are inherently good. My experience suggests otherwise. But what about you, Mr. Archer? In your long career as a journalist, would you say that people are mostly good?  
Danny Archer: No. I'd say they're just people. 
Benjamin Kapanay: Exactly. It is what they do that makes them good or bad. A moment of love, even in a bad man, can give meaning to a life. None of us knows whose path will lead us to God.  
from movie Blood Diamond

Autor da fotografia: Sérgio Guerra
Ver mais aqui.

Até hoje, esta e outras fotografias estão em exposição em Lisboa na Perve Galeria. 
Mais informações aqui ou aqui.

Kandandu Angola #4.07

Viagem número 4. 
7ª semana passada em Angola.

Depois dos múltiplos problemas com o Visto cá estou no país que me tem acolhido de braços abertos mas com olhar desconfiado. E uso a palavra desconfiado porque tenho tido alguns problemas em obter visto. Apesar da burocracia do processo já consigo tratar dos meus papeis em menos de uma hora. O processo no consulado é que não é tão ágil quanto devia. O plano de trabalhos foi-se todo por água abaixo por causa dos vistos! Vim cá uma semana em finais de Agosto e regressei na passada segunda-feira, mesmo quando devia ter regressado no domingo. O atraso de 24 horas deveu-se ao facto de o visto só ter ficado pronto na segunda o que causou uma carga de trabalhos à personal assistant da empresa que estava responsável por tratar da viagem. Muito trabalho foi feito a partir de Lisboa e devo agradecer ao tipo de ligação que o cliente possui. Os acessos PT-AO-PT têm funcionado muito bem. 
Nesse aspecto considero-me uma privilegiada porque o cliente tem excelentes condições de trabalho.

Tive uma péssima experiência numa pensão de nome Fátima. Agora estou num apartamento que uma empresa parceira tratou de arranjar para mim. Divido o apartamento com mais duas raparigas, uma que trabalha na RTP e outra numa empresa de segurança e ... tenho cozinha. :)
O que tinha de mal a pensão? Tudo. Eu sou esquista como o raio! O colchão tem que ser duro e a almofada também. E por favor, se dizem que são uma pensão, que tenham pelo menos água quente e fruta ao pequeno-almoço...  Além dos problemas de costas, ganhei um torcicolo! Hoje já estou melhor. O que me irritou na pensão? Mais uma vez tudo. Uma coisa é o que vou fazer este fim-de-semana que é acampar em Cabo Ledo e já sei o que me espera. Mas ter que estar apresentável, maquilhada e acordar mal disposta porque a cada movimento sentiamos a cama mole ou o barulho do bar lá perto e nem ter água quente para lavarmos o corpo suado da noite mal dormida... meus amigos, assim não consigo ser produtiva! Lamento. E eu até gosto de tomar banho de água fria, mas ADORO uma noite bem dormida apesar de dormir pouco. 
Como tudo tem solução pedi para mudar e consegui o que queria. A pensão onde fiquei das outras vezes não tinha vagas, daí ter tido esta confusão toda. O que aprendi naquelas duas noites? Voltar a não julgar um edifício pelo seu exterior. Porque esta pensão tem muito bom aspecto visto de fora.
Em relação ao apartamento... O Apartamento tem cozinha o que significa que posso fazer as minhas comezainas madeirenses e partilhar com uma cabo-verdiana e com uma luxemburguesa. Para os poder fazer mudei de supermercado. A mercearia Shoprite já não chega para as encomendas e por isso fui ao Jumbo.  Eu e o Domingos. O Domingos faz sempre os primeiros trajectos comigo. Sempre. Depois disso já consigo fazer sozinha e acho piada conduzir em Luanda, mas isso será outro post. :)
O Jumbo... Como descrever o Jumbo de Luanda? Nem sei por onde começar. O meu sorriso começou a alargar-se ao ver os seguranças ao chegar ao parque de estacionamento. Os seguranças estão lá sentados e nada fazem. A organização no estacionamento não existe. Os carros estão quase uns em cima dos outros. O supermercado é semi-organizado, depois da confusão à entrada e à medida que percorremos alguns corredores já conseguimos encontrar os artigos que queremos. A quantidade de pessoas nas compras surpreendeu-me. O Jumbo parecia o Continente quando lança aquelas promoções de 75% ou no Natal. Os carrinhos estavam cheios de artigos. Dei por mim a pensar que nem no Natal os meus pais enchem o carrinho de compras daquela maneira ... e nós somos quase vinte pessoas à mesa durante dois dias. Não encontrei os meus cereais e nesse corredor achei curioso só encontrar Nestum mel, Nestum Arroz, Nido e Chocapic. Depois de ter o meu cesto cheio dirigi-me à caixa onde realizei o pagamento. E recebi o troco em dinheiro e uma sopa de pacote.  Em todos os supermercados de Luanda onde realizei compras recebi sempre algum troco em rebuçados. Lembro-me de fazerem isto na mercearia ao lado da casa dos meus avós maternos. Cá em Luanda parece que é normal. Até numa grande superfície. Depois de mostrar o talão de compra e as compras ao segurança à saída do Jumbo a verdadeira aventura começa. Não conseguiamos sair do estacionamento. O carros estavam estacionados de acordo com o capricho dos seus donos e nos sítios onde devia estar uma passagem estavam dois ou mais carros. Estivemos meia-hora para sair de lá. 

Hoje é o dia do Herói Nacional. É feriado cá em Angola
"O dia 17 de Setembro, data de nascimento do fundador e primeiro presidente da República de Angola, António Agostinho Neto, é considerado Dia do Herói Nacional, devido ao seu contributo dado na luta armada contra o colonialismo português e pela conquista da  independência nacional." (fonte Komunidade.net)
Feriado é sinónimo de festa. E a festa começou ontem. Churrasco na rua, cerveja e muita música. Música muito alta! Todos têm altas aparelhagens, juntam-se com carne e carvão e lenha e pronto ... arraial a noite toda. Noite e manhã, porque só pelas 14horas é que comecei a sentir Luanda mais calma. 


Amanhã vou para Cabo Ledo. Vou passar lá o fim-de-semana. Vou acampar e não vou queixar-me da dormida, porque sei para onde vou e não tenho a responsabilidade de no dia seguinte estar apresentável e pronta para ser consultora. :)
A surpresa desta semana foi terem chegado ao pé de mim* e dizerem:
- Sabias que o teu Roque acabou?
A feira que tinha de tudo. A feira, a que eu queria voltar, foi fechada. :(

* Acho que já não sou a consultora branca que pretende desmaterializar os processos.

Smile of the day #15


Soltas #15


"De Moivre acreditava que o acaso era uma ilusão. Levantou a hipótese de que nada acontecia, nunca, «por acaso»  - qualquer acontecimento aparentemente aleatório podia ser atribuído a uma causa física. (...) "

Improvável de Adam Fawer

Divagações #06


A nossa vida é como uma ou várias fórmulas matemáticas. 
Temos as constantes, as variáveis, as incógnitas, os elementos absorventes, os elementos neutros, 
Graças à teoria da evolução e à fraca frequência de acontecimentos passaste a ser para mim completamente neutro. Engraçado foi ver a minha evolução como pessoa em 24 horas. 
Quando estava a ajudar umas constantes a unirem-se fui informada que o intervalo que nos iria separar durante um dia seria muito menor ao costume. Fiquei furiosa e dentro de mim pensei que não agiram correctamente comigo, que o acto deles foi irracional. Depois de tantas mentiras ouvir, as rectas que nos uniam deixaram de se tocar e passamos a ser paralelos. Já não tinha paciência para tentar perceber a fórmula da nossa vida e a nossa comunicação nos últimos anos resumiu-se a troca de papeis e assinaturas. Apercebi-me que a minha raiva vinha de mim, que eu não iria conseguir falar com alguém que não me diz nada. Ao entrar, no dia seguinte, na casa de Deus questionei-me se Hawking terá ou não razão, que Deus não criou nada, porque se Deus criou o mundo só para nos agradar porque parou de nos agradar? 
A ciência para mim é muito mais interessante. Tudo tem uma razão. :)
E foi ao ver-te a querer saber de mim, com o zero da tua nova função a teu lado, que me apercebi que és um elemento neutro mesmo tendo como mínimo múltiplo comum as constantes. 

Dados da foto:
Autor: eu
Data: 1 da manhã de 11-Setembro-2010
Praia da Roca, Castanheira da Pêra, Leiria

Musicoterapia: por mais vidas que tu ganhes, é a tua que, mais perde se não vens.

Hoje devia estar em Luanda a mostrar o que valo. 

O consulado de Angola não forneceu o visto a tempo de ir ontem. Tive que adiar as reuniões de hoje e agora terei 14 dias para fazer o trabalho que estava planeado para 15.

Música: Deolinda - Um contra o outro

They say it has no memory #11

"Se começas com pressupostos nunca conseguirás apreciar a beleza que é aprender com a novidade e com as coisas que nos assustam."
 Já não sei o que é não tentar. Prefiro cair arriscando a não arriscar de todo.

"They´re just moments. They´re not life…" #13

Gareth: I've got a new theory about marriage. Two people are in love, they live together, and then suddenly one day, they run out of conversation.
Charles: Uh-huh.
Gareth: Totally. I mean they can't think of a single thing to say to each other. That's it: panic! Then suddenly it-it occurs to the chap that there is a way out of the deadlock.
Charles: Which is?
Gareth: He'll ask her to marry him.
Charles: Brilliant! Brilliant!
Gareth: Suddenly they've got something to talk about for the rest of their lives.
Charles: Basically you're saying marriage is just a way of getting out of an embarrassing pause in conversation.
Gareth: The definitive icebreaker. 
  
Autor da fotografia: Daria Silabrama
Ver mais aqui.

Soltas #14

"- Ah, a regra dos três ... O número mágico. Três provas antes de o príncipe obter a mão da bela princesa. Três desejos concedidos ao pescador pelo peixe falante mágico. Três ursos para Caracóis de Ouro e os três bodes Gruff. Miss Lea, se me tivesse pedido duas perguntas ou quatro, eu talvez pudesse mentir, mas três..."
O Décimo Terceiro Conto de Dianne Setterfield


Estou a adorar este livro. :)

New season of SonsofAnarchy

So... They are back for season 03 and with a frakking awesome episode.Can't wait till next week even having a problem. And my problem is that for the next three weeks I will be in Angola. And I really have to see SoA or I will die of curiosity. 
Since I can't have the software to stream and watch SoA on the company laptop and like Jack Teller oldest and wisest friend said: "work this shit out" I have decided to take my personal laptop with me. And problem is gone. :)

Because, sorry, I really can't be three weeks without them after watching such a good episode.
And what about the soundtrack? speechless. 



Porque os sábados são como os Natais #10

Quando não percebo um assunto, admito. 
Quando não sei digo.
Gosto de aprender.



Silence is golden #04

Sometimes I feel like an arlington girl!

Divagações #05

Sabem aquelas pessoas que conhecem e com quem criam grande empatia no início apesar do vosso silêncio inicial porque acham esquisito identificarem-se tanto com aqueles estranhos?
Sabem quando esses estranhos tornam-se amigos? 
Sabe bem. :) 
Uma delas já conheço desde 2004 e as outras conheci-as este ano. Identifico-me com elas. Porque ao falar com elas apercebo-me que com elas não me sinto mal por divagar sobre séries, livros, filmes e o estado do mundo. Elas compreendem-me. 
E foi com elas, e mais um colega, que no passado sábado fui para os copos. 
E é com elas, menos uma, e com ele que vou, em Novembro, assistir ao concerto dos Vampire Weekend. 
E é com elas que vou, em Fevereiro, à Basauri Con em Bilbao.  :)

Musicoterapia: It's not easy to be happy

Música: Ed Harcourt - Haywire

They say it has no memory #10

Estou a aprender a ser feliz.
de uma música dos Polo Norte
Já não sei o que é olhar só para o lado negativo das coisas. 
Não foi fácil. ;) Mas é tão bom!

Girly stuff

Os casamentos são sempre uma oportunidade para comprar aquele vestido mais ousado e aqueles sapatos mais altitos. 
Em 2008 tive dois casamentos de dois irmãos e o baptizado da minha afilhada. Tive que me esmerar.
O ano passado tive só um casamento, um dos suspeitos do costume, e o vestido foi um dos de 2008. 
Desta vez, o casamento é de outro suspeito do costume e decidi comprar 'roupa nova'. Depois do  vestido, hoje tratei de comprar os sapatos. Não são nenhuns Loubotin como queria mas foram muito mais baratitos. :) .
Falta a bolsa e decidir como levar o cabelo.
Deixei estas decisões só para agora porque até final de Agosto não sabia se ia conseguir estar no casamento ou não. O trabalho podia mandar-me para Angola.

"They´re just moments. They´re not life…" #12


Uncle Henry Skinner: You'll come to see that a man learns nothing from winning. The act of losing, however, can elicit great wisdom. Not least of which is, uh... how much more enjoyable it is to win. It's inevitable to lose now and again. The trick is not to make a habit of it.
 from movie A Good Year
Autor da fotografia: Simon Zino
Ver mais aqui.

Soltas #13

"- (...)Eu tive as minhas razões para criar uma cortina de fumo em redor do meu passado. Essas razões, garanto-lhe, já não são válidas.
- Que razões?
- A vida é adubo. Acha estranho que se afirme uma coisa dessas, é verdade. Durante toda a minha vida e toda a minha experiência, os acontecimentos que me atingiram, as pessoas que conheci, todas as minhas memórias, sonhos, fantasias, tudo o que li, tudo isso foi acrescentado ao monte de adubo aonde, ao longo do tempo, se transformou num composto orgânico, negro e rico. O processo de divisão celular torna-o irreconhecível. Outras pessoas chamam-lhe imaginação. Eu penso nisso como um monte de adubo. De vez em quando, pego numa ideia, planto-a no adubo, e espero. Ela alimenta-se desse composto negro que já foi uma vida, e vai aí buscar a sua energia. Germina. Cria raízes. Produz rebentos. E assim por diante, até que um belo dia eu tenho uma história, ou um romance."
O Décimo Terceiro Conto de Dianne Setterfield

Porque os sábados são como os Natais #09

Já tentei ter plantas. Orquídeas, roseiras, cactos, bambus e até daquelas que são só verdes,... Todas morreram na minha mão. Juro que já tentei de tudo, mas até já vi cactos murcharem ao meu cuidado. :(
Isto significa que:
- ou não fui talhada para ser jardineira! Ainda bem pois significa que não errei na profissão.
- ou que não tenho mesmo jeito para plantas.