"They´re just moments. They´re not life…" 2014#02



O pior de Fevereiro?
O meu irmão mais novo já não está tão perto de mim, deixou Faro foi para a ilha em trabalho

O melhor de Janeiro?
O meu irmão mais novo acabou os estudos, deixou Faro, conseguiu trabalho / estágio no Hospital do Funchal, foi para a ilha e o meu Pai passou a ter novos rituais e companhia diária em casa. 




Data: 01 de Fevereiro de 2014
Local: Faro, Algarve

Music is Love in Search of a Word #68


Mononoke - Alice


Livro: Pretérito Perfeito de Raquel Serejo Martins



Sinopse
Pudesse toda uma vida caber num livro? Nestas páginas, assombradas pela inevitabilidade da morte, as memórias são o pretérito perfeito do verbo viver. Eu vivi, diz-nos a personagem principal desta autora, hábil na construção da narrativa, na forma como nos leva pela mão até ao fim, a um fim anunciado que reforça apenas essa capacidade ímpar de agarrar o leitor. É o que Raquel Serejo Martins faz neste livro que deve ser lido, como todos os livros que sabem a gente, a vísceras, a medos e alegrias, a histórias contadas e passadas. Um livro com alma, portanto.



Minha Opinião
Vasco é músico, dá aulas no Conservatório de Música, é solteiro, adora o rio Tejo, passeia todos os dias pela sua Lisboa e está a dias de celebrar o 33º aniversário.
Vasco conta o seu dia-a-dia, numa espécie de diário, apresentando aos poucos os diferentes protagonistas que preenchem a sua, Pedro o seu melhor amigo, os avôs, os pais, a D. Lurdes (a senhora que apesar de ter o título de empregada doméstica é como se fosse um elemento da família), as vizinhas que todos os dias descem pontualmente as escadas do prédio  em busca da bica matinal, os colegas de conservatório, as paixões do passado, a paixão do presente.
Nos seus passeios por Lisboa, e em diversas situações diárias Vasco conta-nos a história do seu primeiro beijo, a sua primeira viagem, a queda do muro de Berlim, a história de Otelo devido ao 25 de Abril, o Tsunami na Tailândia, aliada à toda a história que marcou e marca o seu ser, estão os livros, as música (grande destaque para o fado e música portuguesa, os filmes e séries de TV (Cheers é uma delas).
Vasco parece, e é um homem normal ... só que Vasco tem prazo, ou não temos todos?  A medicina diagnosticou-lhe um vírus no coração e prevê que não sobreviva mais que três meses.
Uma história à beira da morte, repleta de dificuldades que só a sua presença traz, e cheia de vontade em viver. 


Pretérito Perfeito by Raquel Serejo Martins
My rating: 4 of 5 stars



P.S. - Descobri este livro através do podcast da Antena 1, À Volta dos Livros.

Olá Inês

Imagem retirada de weheartit

Nasceste hoje pelas 9h07m, com imenso cabelo preto, bastante escuro e morena como o teu pai. 
A felicidade que o meu irmão, teu pai transmite nas fotos que enviou encheu logo o meu coração. Já tiveste video-conferências, via skype, com os teus avôs maternos e com o teu avô paterno. Sinais dos tempos modernos. 
Se saíres ao teu pai - a quem apelidávamos de mosquito eléctrico - irás trazer muita tranquilidade e desassossego aos teus pais. Apesar de o teu pai ter energia para dar e vender, ele é a pessoa mais tranquila e paciente que eu alguma vez conheci. Se saíres à tua mãe serás calma, teimosa e o teu cabelo ficará louro. ;) 

Que tenhas o melhor de ambos. 

Bem-vinda, querida sobrinha.  

Silence is Golden #97

Imagem retirada de someecards

Filme: Her (2013)


Imagem retirada de The Checkout

A solidão é dura, a tecnologia viciante e toda a atenção dada é bem recebida. 
A história é de amor (?), cheia de expectativas, com toques de ilusão, irreal e um pouco copiada do episódio de The Big Bang Theory, The Beta Test Initiation.

Finalizando, boa interpretação de Joaquin Phoenix, mas longe de ser a melhor história de amor escrita nos últimos tempos. 


  

Smile It's Friday #85




Filme: Frozen (2013)


Imagem retirada de Bitch Flicks



A Princesa não casa, não fica com o primeiro amor, é desastrada, tem problemas com a família, não acorda de manhã como se tivesse acabado de sair do cabeleireiro, é lutadora e não fica à espera que façam as coisas por ela, e... 
o verdadeiro amor que nutre é pela sua irmã.

Adorei. 
É o meu Oscar para melhor filme de animação. 

Depois de Brave, em que exploraram o amor entre mãe e filha, a Disney tem explorado muito bem novos temas.
Afinal somos todas princesas, mesmo aquelas que não acreditam em sapos que se transformam em príncipes, ou que não querem ou nunca quiseram casar e ser felizes para sempre. Porque para sempre, é sempre longe demais. 




Filme: 12 Years a Slave (2013)

Imagem do site JunkieMonkey



O meu Oscar de melhor filme do ano vai para... 





Music is Love in Search of a Word #67


Haroula Rose - Free To Be Me


do Livro: Girl Reading by Katie Ward

Comecei a ler Girl Reading.
O livro é o resultado de um exercício de criatividade em que a escritora tinha que escrever uma história com base numa imagem, real ou imaginária.
O exercício deu origem a sete micro-contos que resultaram num livro super-interessante e muito difícil de deixar de lado.  
Ontem de madrugada, e após ter terminado o Capítulo 3, decidi pesquisar sobre a imagem do Capítulo 4, e encontrei no site LargeHeartedBoy uma entrevista realizada à escritora, a entrevista poderia ser mais uma entre tantas que ela deve ter dado, mas não é, a entrevista tem apenas uma pergunta: "Qual a(s) música(s) que deve(m) acompanhar a leitura do livro?" 

Abaixo as imagens dos primeiros quatro capítulos e as músicas - ouvir a playlist no spotify -  para cada um deles. 
Para os últimos três capítulos, irei eu imaginar a imagem ao ler o livro e depois colocarei cá a imagem que idealizei para cada um deles.


Capítulo 1
Imagem: Simone Martini - Annunciation, 1333
Música: Suite No.4 in D Minor, HWV 437, Sarabande' by GF Handel
Imagens do tumblr Books And Art.
Capítulo 2
Imagem: Pieter Janssens Elinga - Woman Reading, 1668
Música: Beggin' by Frankie Valli & The Four Seasons
Imagem do Metropolitan Museum of Art
Capítulo 3
Imagem: Angelica Kauffman - Portrait of a Lady, 1775
Música: Angel' by Aretha Franklin
Imagem do Tate Museum
Capítulo 4
Imagem: Featherstone of Piccadilly - Carte de Visite, 1864
Música: My Vision' by Jakatta & Seal
Imagem da National Portrait Gallery.




A idade mudou o tom da música da minha vida


Ontem anunciaram isto. 


O batimento cardíaco aumentou, os cifrões passearam pelos olhos como nos desenhos animados, a elaboração de uma check-list a realizar (os dias de férias, o bilhete, a deslocação, a estadia), arranjar companhia(s), a escolha das bandas a ver... e que quero mesmo ver no OPSF ?  Charles Bradley

Warpaint têm um concerto a 1 de Março na Aula Magna, concerto para o qual já tenho bilhete.  
Vi recentemente The National na MEO Arena. 
A forte probabilidade de poder ver um concerto em nome próprio de todos os restantes nomes do cartaz é forte. Pixies esteve cá e eu preferi ir a um jantar de família (somos já mais que meia-dúzia de primos cá em Lisboa).  
Cansada que ando, já não tenho idade para andar a correr de um lado para o outro para poder ouvir música. Já basta o que corro para perder rabo. 
Desculpem-me os mais musicodependentes, mas depois de tudo o que tenho passado, se o ano de 2013  foi dedicado a mim, este ano quero voltar a dedicar-me à família e amigos. 
Com o valor do bilhete do passe consigo ir a Paris visitar a sobrinha que está quase a nascer e ainda fico com trocos para pagar um jantar ao meu mano e cunhada. 
Com o valor da deslocação, vou a um grande concerto no CCB que acontece a 28 de Maio, e assisto sentada. 

Imagem do site Vou Sair.

A música é outra, o conforto é outro. 
A idade mudou o tom da música da minha vida.


“A felicidade aparece para aqueles que reconhecem a importância das pessoas que passam em nossa vida.”
Clarice Lispector



O que move uma moça São os sonhos de criança Que a Terra ainda não comeu

Imagem retirada do site blitz.pt


Não fiz camadas no meu Ser só para ti 
Nem escolho no meu espaço o que há a mais 
Ou qual o mais profundo sentimento que há em mim 

Via em cada passo dúbio que tu dás 
os meus ficando mudos de ir atrás. 
E a par do mundo o movimento segue, enfim. 

Se de um porto não passa 
Não esperem que eu lhe faça 
Ancoras no meu Ser. 

Que o que move uma moça 
São os sonhos de criança 
Que a Terra ainda não comeu.




Concerto, hoje no Centro Cultural Olga do Cadaval.

Filme: Le Passé (2013)



"Após quatro anos de separação, Ahmad regressa a Paris vindo de Teerão, a pedido da sua mulher francesa, Marie, de maneira a pôr um ponto final no processo de divórcio. Durante a sua breve estadia, Ahmad apercebe-se da natureza conflituosa da relação entre Marie e a filha, Lucie. Os esforços de Ahmad para tentar melhorar esta relação acabarão por revelar um segredo do passado." (retirado de cinema.sapo)


Se ao ler a sinopse pensamos que este filme será semelhante a A Separação, o pensamento facilmente esfumaça-se na dura realidade de uma mulher francesa, mãe de duas filhas (uma delas adolescente 'problemática') cujo objectivo do momento é conseguir o divórcio do ex-marido, que não é o pai das filhas, para poder casar-se com o homem com quem vive, que tem um filho de quem cuida, que é o pai do bebé que carrega e cuja mulher tentou suicidar-se e que se encontra em coma no hospital. 
Complicado? complicado são os mal entendidos que levam à maioria das acções das personagens. 

Filme intenso e surpreendente, sobre a dura fase que é "desligar de alguém", sem chegar à perfeição e genialidade do A Separação

Fouad: Why don't they separate her from medical instruments? 
Samir: Because they don't know if she wants to live with them or die. 
Fouad: She wants to die. 
Samir: Why do you say that? 
Fouad: She wants to die. That's why she committed suicide!


Audiobook: Forgive Me, Leonard Peacock by Matthew Quick


Sinopse
In addition to the P-38, there are four gifts, one for each of my friends. I want to say good-bye to them properly. I want to give them each something to remember me by. To let them know I really cared about them and I'm sorry I couldn't be more than I was—that I couldn't stick around—and that what's going to happen today isn't their fault. 

Today is Leonard Peacock's birthday. It is also the day he hides a gun in his backpack. Because today is the day he will kill his former best friend, and then himself, with his grandfather's P-38 pistol. But first he must say good-bye to the four people who matter most to him: his Humphrey Bogart-obsessed next-door neighbor, Walt; his classmate Baback, a violin virtuoso; Lauren, the Christian homeschooler he has a crush on; and Herr Silverman, who teaches the high school's class on the Holocaust. Speaking to each in turn, Leonard slowly reveals his secrets as the hours tick by and the moment of truth approaches.


Minha Opinião
No dia em que celebra 18 anos, Leonard Peacock decidi matar o seu ex-melhor amigo e morrer.
Mas antes de morrer, e durante o dia do seu aniversário - dia normal para todos os demais - Leonard tenta demonstrar a 4 pessoas da vida dele o quanto elas significam para ele. 
O vizinho, Walt, com quem passa mais tempo do que com a mãe e, que fala citando filmes de Humphrey Bogart.
O seu colega de escola, Baback, que toca violino e que cobra a Leonard para que o possa ouvir. 
Lauren, a miúda da escola por quem tem um fascínio especial. 
E Herr Silverman, o seu professor preferido.
Nenhuma destas quatro pessoas tem conhecimento da data de aniversário de Leonard. A Mãe de Leonard passa a vida a trabalhar, o Pai é um despreocupado e nenhum se lembra do dia de aniversário de Leonard. Como é que uma mulher pode esquecer-se do dia em que foi mãe pela primeira vez? 
No encontro com cada uma dessas 4 pessoas ficamos a conhecer melhor Leonard, e de alguma forma a importância que essas pessoas têm na vida dele. Inicialmente Leonard achava que estas pessoas eram suas amigas, que que não o consideravam como amigo, e é ao tentar oferecer algo a cada um deles que a sua percepção da realidade muda. 
Os diálogos com Walt e Herr Silverman são os meus preferidos e são as pessoas que percebem que algo não está bem. 
O amigo Baback surpreende-o ao convidá-lo pela primeira vez para fazerem algo em conjunto, um cinema, um café. São planos para o futuro de que Leonard não estava à espera. 
Lauren - irritante e católica - estranha o comportamento de Leonard e dá início ao discurso de que o pai dela - Pastor - e Deus poderão salvá-lo. 
Ao longo dos quatro encontros, apercebemo-nos que todos perceberam que algo se passa com Leonard, mas só Herr Silverman não desiste de tentar perceber quais os seus planos e a razão dos mesmos. 
Só quando Leonard chega ao momento em que vai visitar o ex-melhor amigo é que o leitor consegue perceber as verdadeiras razões de querer abandonar a vida que tem, e levar com ele alguém...

Todas as histórias têm um fim, este parecia não chegar. 
Os últimos capítulos são super emotivos e duros de digerir. 



Forgive Me, Leonard Peacock by Matthew Quick
My rating: 5 of 5 stars

Do amor e outros demónios #20


Nem sempre tudo o que leio sobre a morte emociona-me.
Mas há situações em que é impossível conter, principalmente quando é de um pedaço de nós que falam.  

Reportagem do P3 

Série: True Detective



Depois de ver os primeiros três episódios, a sensação que ficou é que a semana ganhou mais horas . 

Com uma história muito bem estruturada e com excelentes interpretações, a série é viciante.