Os dias em que choro são os dias em que gostaria de ser outra pessoa, outra coisa qualquer. Somos tão complicados, os humanos. A música ajuda a animar e consegue ter comigo uma relação de total dualidade ao ajudar também a enegrecer mais o dia.
Os dias em que choro são os dias em que sinto que estou a descer num escorrega sem fim, a cair num poço sem fundo a uma velocidade excessivamente lenta e deprimente que prolonga a dor e arde o salgado das lágrimas.
Os dias em que choro são os dias em que não telefono a ninguém, refugio-me em casa e não quero ver pessoas, pessoas complicadas como eu!
Eu gosto de chorar, ajuda a lavar a alma, ajuda a aliviar, a mandar cá para fora o que não presta. Por vezes depois de uma boa crise de choro sinto-me renascida, com vontade de pegar o touro pelos cornos e fazer-me à vida. Quem nos tenta mandar a baixo não sabe o quanto, às vezes, nos ajuda a fortalecer. Força!
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