No início era uma paixão avassaladora e como tudo na vida, os hábitos mudaram, eu mudei, os amores ficaram no passado e no presente mantém-se a memória dos bons momentos que passo com o meu pai e irmãos a ver a bola.
Por influências caseiras joguei futebol durante muito tempo. Cheguei a ser a capitã da equipa de futebol que foi campeã regional de futebol feminino durante três anos seguidos, era apenas no escalão de iniciada mas marcou-me para a vida a paixão pelo futebol.
Por influências caseiras joguei futebol durante muito tempo. Cheguei a ser a capitã da equipa de futebol que foi campeã regional de futebol feminino durante três anos seguidos, era apenas no escalão de iniciada mas marcou-me para a vida a paixão pelo futebol.
A paixão levou a escolhas e eu por ser portista consegui ultrapassar o facto de ter cinco (5) irmãos benfiquistas e um pai que além de sócio do SLB é daqueles que não gosta de ver a equipa a perder nem a feijões. A minha irmã, apesar de ser benfiquista não liga à bola.
Adoro um bom jogo e ir ao estádio. Nunca hei-de esquecer aquele Portugal - Inglaterra no estádio da Luz ou quando o meu pai foi visitar o estádio e trouxe-me um pedaço de relva do campo, no bolso das calças.
Esta semana vi o jogo do Benfica na companhia de colegas de trabalho. Deitada num sofá pequeno com o corpo todo torto, em Luanda. Fechei os olhos e senti que estava na Madeira, ao lado do do meu pai.
Ao telefone hoje com o meu pai para saber das novidades, apercebo-me porquê é que a minha mãe diz que somos parecidos a nível de personalidade e dei por mim a desejar que o Benfica seja campeão e que vá longe na competição europeia. Ele esconde a tristeza de estar sozinho e de ver a minha mãe hospitalizada com as alegrias que o Benfica e o futebol lhe traz.
E eu mostro alegria por ele estar feliz escondendo a tristeza de estar distante.
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