Da invasão da privacidade, na era digital, poderia contar muitas mais situações pelas quais passei nos últimos tempos.
Mas, a que me mais me chocou, foi o facto de alguém, que não respeitou o meu silêncio e invadiu a minha vida usando a minha melhor amiga, S.
A S. é uma desconhecida para essa pessoa, a S. não é visível na minha listagem de amigos do facebook, a S. aparece comigo em algumas fotos e só os amigos mais chegados podem ver essas fotos.
Esse alguém, que um dia sonhava ser mais que amigo, tem o meu número de telefone, tem o meu e-mail, pertence/pertencia à minha lista de amigos no facebook (se é que isso vale de alguma coisa), fala comigo no twitter, lê o meu blog! Tendo ele tantos meios de chegar a mim, o que é que leva esse alguém a invadir a caixa de mensagens da minha melhor amiga no facebook para perguntar sobre mim?
Essa pessoa teve que andar a pesquisar, perder algum do seu tempo para descobrir a S., essa pessoa teve o descaramento de escrever a uma pessoa que lhe é estranha para saber como é que eu estava após a morte do meu irmão.
Essa pessoa não respeitou o meu silêncio e o facto de eu me ter fechado no meu cone of silence, na minha concha familiar.
A S. , amavelmente respondeu, mas contou-me indignada e a questionar-me se ele é meu amigo, porque não falava ele comigo.
Eu considerei que o que ele fez uma ENORME INVASÃO DE PRIVACIDADE e num momento de raiva e expontâneo explodi.
E aquilo que lhe contei, conto aqui.
Existem três coisas que devem saber sobre mim:
- Os meus pais são tudo para mim;
- Os meus irmãos, os meus sobrinhos e as escolhas deles para parceiro/as de vida, a minha família são tudo para mim;
- Os meus amigos, os que respeitam o meu cone of silence, são tudo para mim;
Tudo o resto é secundário.
E se essa pessoa não soube respeitar o meu silêncio num momento de dor, também não saberá respeitar o meu ruído em momentos de felicidade.
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