I can't help what I'm doing

Quando o corpo não nos atraí é a mente que é estimulada até a exaustão.
Mas, as palavras acabam por não ser suficientes, e as imagens não conseguem ser adequadas para espelhar o momento... e acabam por ser os gestos que fazemos no meio do silêncio que nos torna cúmplices.

Com o tempo se desenvolve a cumplicidade disse-me a Kelle um dia.
E a cumplicidade é tal que eu consigo ser eu própria quando estou ao pé de ti. Não preciso de fingir.
Gosto de estar contigo.

E eu escondo do mundo a cumplicidade que tenho contigo, a fraqueza que é gostar de estar contigo.


A atenção que me dás, o carinho com que falas comigo. As coisas que mostras ser capaz de fazer por mim...

O muro que construí nos últimos 2 anos para que não se apercebessem que sofro ou que amo, só para que não tivessem compaixão ou pena de mim, deixou de ter sentido.


É muito mais fácil quando acertamos à primeira. Sem dor, sem a agonia da separação e a sensação de que ficamos sem coração. E quando falhamos novamente à segunda, começamos a pensar que o problema está em nós e que o muro serve perfeitamente.
Foram essas marcas do meu passado e esse muro que me rodeava que me fizeram sorrir daquela maneira para ti na primeira vez que te conheci. Tinha a certeza que tu não serias o que és para mim o que és hoje. Enganei-me.

Entraste devagarinho na minha vida e os tijolos do meu muro têm sido removidos um a um, às vezes, com a tua pressa, até aos pares. ;)
Contigo não preciso mais desse muro. Confio em ti.


Aprender a gostar de alguém não é fácil.
Contigo deixei de agir como se a Vida me perturbasse
Gosto de estar contigo, gosto de falar contigo. Gosto de ti.


Desculpa não ser capaz de o mostrar e de ter medo de mostrar. Sou fraca demais para mostrar essa fraqueza.

Música: Kings of convenience - Renegade (ver vídeo)

9 comments:

  1. Deixa os muros cairem de vez. Tanto na história da humanidade como em cada história nossa pessoal, está visto que eles não servem para nada.
    Eles vão sendo erguidos inconscientemente e quando damos por ela já é díficil derrubá-los... o que nos leva a perder muita coisa... e depois surge o arrependimento... e o muro cresce ainda mais...
    Não olhes para trás, não olhes para muros e mostra o que sentes (que é tudo menos fraqueza ;).

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  2. PS: gostei da nova casa ;)

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  3. que lindo o que escreveste... :-)
    mas... fraqueza?? eu acho que fraqueza é não ter a coragem de amar...

    e se construirmos muros não poderemos ver a beleza que está para além dele; podemos não ser magoados, mas o que certamente não seremos é felizes...

    um abraço!

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  4. também gostei muito da nova casa :-D

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  5. Belas palavras.
    Inicialmente custa deixar outra pessoa entrar no nosso muro porque o receio que voltemos a sofrer tudo de novo é muito grande. No entanto, há sempre aquele "alguém" que chega e deita tudo abaixo e é do melhor que há.
    Felicidades!
    :-)

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  6. Antes de mais, adoro a nova cara desta casa!
    E vamos ao que interessa: parece fácil sermos nós próprios, rirmos quando nos apetece, chorar quando dá vontade, e não há nada melhor do que podermos sê-lo, sem medos, sem dúvidas, sem represálias! Sê tu própria!

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  7. Obrigada a todas e ao Chico. ;)

    A sério!
    Obrigada.

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  8. Faz como eu digo, não faças como eu faço... ;)

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  9. Um (re)começo; do blog e outras coisas mais. :) Parabéns. O melhor é mesmo quando é sem rede.

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