Mas, as palavras acabam por não ser suficientes, e as imagens não conseguem ser adequadas para espelhar o momento... e acabam por ser os gestos que fazemos no meio do silêncio que nos torna cúmplices.
Com o tempo se desenvolve a cumplicidade disse-me a Kelle um dia.
E a cumplicidade é tal que eu consigo ser eu própria quando estou ao pé de ti. Não preciso de fingir.
Gosto de estar contigo.
E eu escondo do mundo a cumplicidade que tenho contigo, a fraqueza que é gostar de estar contigo.
A atenção que me dás, o carinho com que falas comigo. As coisas que mostras ser capaz de fazer por mim...
O muro que construí nos últimos 2 anos para que não se apercebessem que sofro ou que amo, só para que não tivessem compaixão ou pena de mim, deixou de ter sentido.
É muito mais fácil quando acertamos à primeira. Sem dor, sem a agonia da separação e a sensação de que ficamos sem coração. E quando falhamos novamente à segunda, começamos a pensar que o problema está em nós e que o muro serve perfeitamente.
Foram essas marcas do meu passado e esse muro que me rodeava que me fizeram sorrir daquela maneira para ti na primeira vez que te conheci. Tinha a certeza que tu não serias o que és para mim o que és hoje. Enganei-me.
Entraste devagarinho na minha vida e os tijolos do meu muro têm sido removidos um a um, às vezes, com a tua pressa, até aos pares. ;)
Contigo não preciso mais desse muro. Confio em ti.
Aprender a gostar de alguém não é fácil.
Contigo deixei de agir como se a Vida me perturbasse
Gosto de estar contigo, gosto de falar contigo. Gosto de ti.
Desculpa não ser capaz de o mostrar e de ter medo de mostrar. Sou fraca demais para mostrar essa fraqueza.
Música: Kings of convenience - Renegade (ver vídeo)
Deixa os muros cairem de vez. Tanto na história da humanidade como em cada história nossa pessoal, está visto que eles não servem para nada.
ReplyDeleteEles vão sendo erguidos inconscientemente e quando damos por ela já é díficil derrubá-los... o que nos leva a perder muita coisa... e depois surge o arrependimento... e o muro cresce ainda mais...
Não olhes para trás, não olhes para muros e mostra o que sentes (que é tudo menos fraqueza ;).
PS: gostei da nova casa ;)
ReplyDeleteque lindo o que escreveste... :-)
ReplyDeletemas... fraqueza?? eu acho que fraqueza é não ter a coragem de amar...
e se construirmos muros não poderemos ver a beleza que está para além dele; podemos não ser magoados, mas o que certamente não seremos é felizes...
um abraço!
também gostei muito da nova casa :-D
ReplyDeleteBelas palavras.
ReplyDeleteInicialmente custa deixar outra pessoa entrar no nosso muro porque o receio que voltemos a sofrer tudo de novo é muito grande. No entanto, há sempre aquele "alguém" que chega e deita tudo abaixo e é do melhor que há.
Felicidades!
:-)
Antes de mais, adoro a nova cara desta casa!
ReplyDeleteE vamos ao que interessa: parece fácil sermos nós próprios, rirmos quando nos apetece, chorar quando dá vontade, e não há nada melhor do que podermos sê-lo, sem medos, sem dúvidas, sem represálias! Sê tu própria!
Obrigada a todas e ao Chico. ;)
ReplyDeleteA sério!
Obrigada.
Faz como eu digo, não faças como eu faço... ;)
ReplyDeleteUm (re)começo; do blog e outras coisas mais. :) Parabéns. O melhor é mesmo quando é sem rede.
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