Wildbirds & Peacedrums - Peeling Off The Layers (Fortitude title music)
Music is Love in Search of a Word #89
Wildbirds & Peacedrums - Peeling Off The Layers (Fortitude title music)
Série: Fortitude (Season 1 - 2015)
9/10
Sinopse
Perched on the edge of the Arctic Circle, Fortitude is one of the safest towns on earth. There has never been a violent crime here. Until now.
Fortitude is a British psychological thriller television series.
Opinião
Há muito tempo que não via um thriller tão bom. Recomendo com todas as minhas forças.
Destaco o pormenor da banda sonora, da escolha das músicas completamente impensáveis (pelo menos para mim) para determinados momentos, o que dá um toque especial à série.
Hannibal ao pé desta série é para meninos. :)
Série: Grace and Frankie (Season 1 2015)
Simplesmente das melhores comédias do momento.
9/10
Sinopse
Finding out that their husbands are not just work partners, but have also been romantically involved for the last 20 years, two women with an already strained relationship try to cope with the circumstances together.
Horror do vazio por Pepetela (escrito em 2008 e tão actual)
"Sei que pode parecer repetitivo, mas afligem-me as megalomanias se apossando de algumas cabeças que assumem responsabilidades em relação a Luanda. Uns tantos acham que merecemos ter uma capital no estilo Singapura ou Hong Kong, com torres de quarenta andares (no mínimo) ao longo do mar.
Não é forçosamente para amealhar umas comissões, como imediatamente pensam os nossos cérebros borrados de preconceitos, embora uns tantos aproveitem. Nada de novo, afinal: o mundo está cheio de processos por causa do imobiliário e o cinema e a literatura até já esgotaram o tema. O que me preocupa é muita gente estar sinceramente convencida que isso é que é bonito e assim é que será viver bem. Têm horror ao vazio que nas suas cabeças significa uma praça, um jardim, um parque, um desperdício de espaço que ficaria melhor com uma torre no meio (antes dizia-se arranha-céus, mas reconheço o exagero americano ao inventar o termo, porque os céus não têm costas, são da natureza dos anjos, e ninguém imaginaria um edifício a arranhar as costas de um anjo). Torre é melhor, lembra logo aquelas construções onde se enfiavam os prisioneiros para morrerem lentamente, como a célebre Torre de Londres, ou onde se aninhava o povo da Europa medieval para se defender de ataques. Torre sim, pois os seus utentes/prisioneiros vivem no medo de sair à rua, de viver a cidade, enclausurados e protegidos da miséria que espalham à volta de si.
Queixamo-nos do trânsito na baixa da cidade (não só na baixa, sejamos justos) e nem sempre escapamos de lá cair, porque ali está concentrado mais de metade do capital financeiro e dos serviços do país. E querem fazer mais torres, para atrair mais gente e mais carros? Que as torres vão ter parques de estacionamento, dizem os defensores das ideias futuristas. O problema é entrar ou sair dos parques, porque as ruas estão atulhadas de carros. Claro que há uma solução do mesmo estilo: fazer as ruas da baixa com andares, género auto-estrada em fatias sobrepostas, ou até com viadutos por cima dos prédios, a arranharem as nuvens. Isso seria um arranhanço útil. E já agora peço, façam um túnel por baixo da baía ou uma ponte a ligar o bairro Miramar à Ilha, assim chegamos à praia em cinco minutos, como era há vinte anos atrás. Como de todos os modos a ideia geral é dar cabo da baía e da Ilha, também tanto faz, mais ponte menos ponte... Suponho também que já deve haver negociações para se tirar a Igreja da Nazaré do sítio onde está, a ocupar indevidamente um espaço nobre para mais uma torre. Uma pequena concessão não fica mal, mantém-se a igreja na cave do edifício. A História que se lixe, não foi a lição da destruição do palácio de D. Ana Joaquina? Então continuemos. Neste afã de ocupar todos os espaços, proponho também acabar com o prédio dos correios, bem feio e sem valor arquitectónico por sinal, e já agora com a praceta à sua frente, outro desperdício de espaço. E aquele compacto e azul edifício que serve a polícia? Um quarteirão inutilizado! A polícia pode ocupar um andar da nova torre. Com menos agentes, claro, para se fazer encolher o Estado, assim mandam os compêndios do liberalismo económico, nossa nova Bíblia. Problema que estamos com ele é que todas essas novas construções vão ter sérias infiltrações de água salgada, pois ali antes era mar. E o mar gosta de recuperar o que lhe roubaram, ainda mais agora com a previsão da subida dos oceanos, como em todas as conferências se apregoa. Vai ser lindo, com as fundações das torres a serem corroídas pelo salitre e os prédios a desabarem. Felizmente para eles, já não estarão cá os responsáveis nem os seus filhos. E os netos dos outros que se lixem."
Não é forçosamente para amealhar umas comissões, como imediatamente pensam os nossos cérebros borrados de preconceitos, embora uns tantos aproveitem. Nada de novo, afinal: o mundo está cheio de processos por causa do imobiliário e o cinema e a literatura até já esgotaram o tema. O que me preocupa é muita gente estar sinceramente convencida que isso é que é bonito e assim é que será viver bem. Têm horror ao vazio que nas suas cabeças significa uma praça, um jardim, um parque, um desperdício de espaço que ficaria melhor com uma torre no meio (antes dizia-se arranha-céus, mas reconheço o exagero americano ao inventar o termo, porque os céus não têm costas, são da natureza dos anjos, e ninguém imaginaria um edifício a arranhar as costas de um anjo). Torre é melhor, lembra logo aquelas construções onde se enfiavam os prisioneiros para morrerem lentamente, como a célebre Torre de Londres, ou onde se aninhava o povo da Europa medieval para se defender de ataques. Torre sim, pois os seus utentes/prisioneiros vivem no medo de sair à rua, de viver a cidade, enclausurados e protegidos da miséria que espalham à volta de si.
Queixamo-nos do trânsito na baixa da cidade (não só na baixa, sejamos justos) e nem sempre escapamos de lá cair, porque ali está concentrado mais de metade do capital financeiro e dos serviços do país. E querem fazer mais torres, para atrair mais gente e mais carros? Que as torres vão ter parques de estacionamento, dizem os defensores das ideias futuristas. O problema é entrar ou sair dos parques, porque as ruas estão atulhadas de carros. Claro que há uma solução do mesmo estilo: fazer as ruas da baixa com andares, género auto-estrada em fatias sobrepostas, ou até com viadutos por cima dos prédios, a arranharem as nuvens. Isso seria um arranhanço útil. E já agora peço, façam um túnel por baixo da baía ou uma ponte a ligar o bairro Miramar à Ilha, assim chegamos à praia em cinco minutos, como era há vinte anos atrás. Como de todos os modos a ideia geral é dar cabo da baía e da Ilha, também tanto faz, mais ponte menos ponte... Suponho também que já deve haver negociações para se tirar a Igreja da Nazaré do sítio onde está, a ocupar indevidamente um espaço nobre para mais uma torre. Uma pequena concessão não fica mal, mantém-se a igreja na cave do edifício. A História que se lixe, não foi a lição da destruição do palácio de D. Ana Joaquina? Então continuemos. Neste afã de ocupar todos os espaços, proponho também acabar com o prédio dos correios, bem feio e sem valor arquitectónico por sinal, e já agora com a praceta à sua frente, outro desperdício de espaço. E aquele compacto e azul edifício que serve a polícia? Um quarteirão inutilizado! A polícia pode ocupar um andar da nova torre. Com menos agentes, claro, para se fazer encolher o Estado, assim mandam os compêndios do liberalismo económico, nossa nova Bíblia. Problema que estamos com ele é que todas essas novas construções vão ter sérias infiltrações de água salgada, pois ali antes era mar. E o mar gosta de recuperar o que lhe roubaram, ainda mais agora com a previsão da subida dos oceanos, como em todas as conferências se apregoa. Vai ser lindo, com as fundações das torres a serem corroídas pelo salitre e os prédios a desabarem. Felizmente para eles, já não estarão cá os responsáveis nem os seus filhos. E os netos dos outros que se lixem."
Pepetela
(retirado do site esquerda.net)
Dados da fotografia:
Autor: Eu
Data: 16-Agosto-2015
Local: Eixo Viário, Luanda, Angola
Livro: Dália Azul Ouro Negro - Viagem a Angola de Daniel Metcalfe
Sinopse
Desde 2002, após 27 anos de uma horrífica guerra civil, Angola mudou drasticamente. O enorme crescimento económico, sustentado pelos lucros do petróleo, trouxe um maciço investimento externo e criou uma nova aristocracia, fabulosamente rica, extraordinariamente açambarcadora, transformando Luanda na segunda cidade mais cara do mundo. Um país de contrastes: ao enorme exército e à sede de poder contrapõe-se a triste realidade de uma população mergulhada na mais profunda pobreza, graças ao saque das riquezas nacionais por um punhado de angolanos. Daniel Metcalfe envolve-se nesta intensa realidade e atravessa Angola de lés a lés. Caminha lado a lado com o povo angolano, fala com chefes tribais, trabalhadores petrolíferos, mineiros e crianças de rua."Dália Azul, Ouro Negro" é uma crónica da história de Angola, em que não faltam pirataria, escravatura, a lendária rainha Ginga e até monges capuchinhos. País-símbolo de um ponto de viragem histórico, em que África se impõe ao mundo desenvolvido sem, no entanto, resolver as graves contradições que a afligem, Angola permanece indecifrável aos estrangeiros. É essa barreira que Daniel Metcalfe consegue superar.
Minha opinião
Sobre a Angola Actual, uma escrita realista, um olhar crítico e sincero, sobre os trabalhadores dedicados, humildes e com sede de aprender, fala sobre aqueles que não querem saber de nada e que acham que os 'estrangeiros' é que devem fazer tudo.
Fala também sobre a falta de respeito, as fraudes, a corrupção, a ilusão de que a cor branca é sinal de dinheiro, as intoxicações alimentares, os mosquitos, o trânsito, mais uma vez a falta de respeito pelas regras e o que se sente diariamente,a ingratidão quando se ajuda. Está tudo neste livro, que depois de começar não se consegue deixar de lado.
Dália Azul Ouro Negro - Viagem a Angola by Daniel Metcalfe
My rating: 4 of 5 stars
Filme: Far from the madding crowd (2015)
8/10
Sinopse
In Victorian England, the independent and headstrong Bathsheba Everdene attracts three very different suitors: Gabriel Oak, a sheep farmer; Frank Troy, a reckless Sergeant; and William Boldwood, a prosperous and mature bachelor.
Filme: Et si on vivait tous ensemble? (2011)
9/10
Sinopse
Five old friends decide to move in together as an alternate to living in a retirement home; joining them is an ethnology student whose thesis is on the aging population.
Filme: Third Person (2013)
8/10
Sinopse
"Três histórias a acontecer simultaneamente em três cidades distintas. Em Paris, Michael procura dar largas à sua criatividade e dedicar-se de corpo e alma à escrita, enquanto se esforça por gerir o fim da relação com a ex-mulher e a sua nova paixão. Em Nova Iorque, Julia tenta, a todo o custo, obter a custódia do seu filho pequeno, que lhe foi retirado depois de o ex-marido ter assegurado que ela não tinha condições psicológicas para assumir o papel de mãe. Em Roma, Sean apaixona-se por uma mulher italiana envolvida num estranho caso de rapto. Estas três histórias, aparentemente distantes, vão interligar-se de uma forma inesperada. Com realização e argumento de Paul Haggis ("Colisão") conta com a participação dos actores Liam Neeson, Kim Basinger, Olivia Wilde, Mila Kunis, James Franco, Adrien Brody, Moran Atias e Maria Bello." (in cinecartaz.pulico.pt)
Série: Unbreakable Kimmy Schmidt (2015– )
Sinopse
Rescued after 15 years in a cult, Kimmy Schmidt decides to reclaim her life by venturing to New York, where she experiences everyday life with wide-eyed enthusiasm. On a whim, she rents a room from Titus, a gay wannabe Broadway actor, who makes ends meet as a street performer in Times Square. The unlikely pair find they're well-suited to help each other out, with Titus reintroducing Kimmy to modern life, and her providing him with the inspiration that you should never give up. Together they'll make it through whatever life throws at them.
Season 1.
Vi até ao fim. Não vou ver a 2, só se ler algures que isto melhorou imenso.
Livro: Mais um dia de Vida de Ryszard Kapuściński
Sinopse
Setembro de 1975: Luanda, a capital de Angola, está cercada.
Gigantescos caixotes de madeira, cheios com todos os bens móveis imagináveis, amontoam-se nas docas. Os portugueses e os seus haveres vão partir, abandonando a cidade de Luanda a filas e filas de carros muito bem estacionados e às matilhas vagabundas de cães de luxo - a um vazio e desolação crescentes.
Ryszard Kapuscinski foi a Angola fazer a cobertura da última fase da luta que pôs fim a quatrocentos anos de domínio colonial português. Viajando pelo campo, deparou-se-lhe uma guerra bizarra e mortífera dentro da guerra pela independência nacional. Três exércitos de guerrilha maltrapilhos estão envolvidos numa batalha sangrenta para decidir quem governará o país libertado - um jogo brutal, em que os jogadores mal se conseguem distinguir uns dos outros.
Kapuscinski está no meio de tudo isso. Ao aproximar-se de cada posto de controlo em estradas cheias de entulho e cadáveres, pergunta-se vezes sem conta: De que lado estão estes soldados e o que será de mim?
Um relato admirável de um país dividido pela sua liberdade recém-adquirida, escrito com magistral domínio de tom e de ritmo.
O sofrimento e o caos mortífero da guerra civil e colonial em Angola são os tópicos deste livro forte e comovente.
Gigantescos caixotes de madeira, cheios com todos os bens móveis imagináveis, amontoam-se nas docas. Os portugueses e os seus haveres vão partir, abandonando a cidade de Luanda a filas e filas de carros muito bem estacionados e às matilhas vagabundas de cães de luxo - a um vazio e desolação crescentes.
Ryszard Kapuscinski foi a Angola fazer a cobertura da última fase da luta que pôs fim a quatrocentos anos de domínio colonial português. Viajando pelo campo, deparou-se-lhe uma guerra bizarra e mortífera dentro da guerra pela independência nacional. Três exércitos de guerrilha maltrapilhos estão envolvidos numa batalha sangrenta para decidir quem governará o país libertado - um jogo brutal, em que os jogadores mal se conseguem distinguir uns dos outros.
Kapuscinski está no meio de tudo isso. Ao aproximar-se de cada posto de controlo em estradas cheias de entulho e cadáveres, pergunta-se vezes sem conta: De que lado estão estes soldados e o que será de mim?
Um relato admirável de um país dividido pela sua liberdade recém-adquirida, escrito com magistral domínio de tom e de ritmo.
O sofrimento e o caos mortífero da guerra civil e colonial em Angola são os tópicos deste livro forte e comovente.
Excelente trabalho jornalístico, feito no terreno, sobre os dois meses que antecederam o 11 de Novembro de 1975, em Angola.
Obrigatório ler.
My rating: 4 of 5 stars
Mini-Série: Olive Kitteridge (2014)
A melhor série que vi neste ano de 2015.
Sinopse
A look at a seemingly placid New England town that is actually wrought with illicit affairs, crime and tragedy, all told through the lens of Olive, whose wicked wit and harsh demeanor mask a warm but troubled heart and staunch moral center. The story spans 25 years and focuses on Olive's relationships with her husband, Henry, the good-hearted and kindly town pharmacist; their son, Christopher, who resents his mother's approach to parenting; and other members of their community.
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