Férias para o meu signo

"Aquário é um signo que nasceu para conviver com os outros, e como tal se programa de férias inclui o convívio com outras pessoas. Os nativos mais jovens deste signo são adeptos de uma road trip, ou seja, de férias com os amigos em que percorram o máximo de lugares, sem compromissos nem horários para cumprir. Se puderem estar simultaneamente perto do mar e da civilização, para poderem alternar entre um programa citadino ou ao ar livre, estarão a viver as suas férias ideais. Por outro lado, estes nativos têm também uma faceta humanitária muito vincada. Férias em que possam desempenhar algum tipo de voluntariado, em Cabo Verde ou num país africano, serão também boas escolhas."


Desta vez vou para o sítio do costume. ;)
Madeira. Ond posso desfrutar do Mar e da civilização.

Esperam-me n acontecimentos. Os planeados são:

- Festa no Country Pub do Estreito;
- Aniversário do meu irmão F.;
- Arraial de São Vicente;
- Despedida de solteira da minha cunhada;
- Casamento do meu irmão J.;
- Baptizado da L. - sou a madrinha de baptismo;
- 3 dias de praia sozinha no Porto Moniz;

Acho que nem vou descansar...

Jinhos a tod@s.
E depois dou notícias de "África". ;)




P.S. - Já repararam que no ano em que tenho 2 irmãos a casar eu fico solteira? :)
Os meus pais agora ficam só com 3 filhos solteiros. Eu, o A. - estudante cá em Lisboa - e o F. que faz apenas 16 anitos.

Daily Horoscope

Vamos ver se ele tem razão...
Acho que vou começar a fazer uma espécie de diário sobre a minha nova vida - já são 5 meses - de solteira. :)

O meu nome é Joker

Olá, o meu nome é Joker!

E era um gato de rua, só ia comer à casa de uns vizinhos da Patxocas que amavelmente sempre deitaram comida aos meus pais - gatos vadios.
Depois de um dos meus irmãos ter sido atropelado, a Patxocas e uns vizinhos decidiram me apanhar para que eu possa ter uma vida mais calma e uma esperança de vida maior. :)


Tenho a mania que sou inteligente. Já consegui me enfiar no meio dos livros da Patxocas e ela passou uma manhã inteira à minha procura... hi hi hi! :)
Estou a ser treinado por ela e já faço as minhas necessidades todas na caixa de areia, embora no início mijava na cama que ela me comprou.
Fujo dela e nunca como ao pé dela.
Ou seja, estava a ser mal treinado.
Aqui que ela não nos lê, ela tem muito que aprender em relação a animais. :) Eu sou o primeiro animal de estimação dela.
Ela tinha pena de mim. E eu ria-me na cara dela.

Agora ela está a me fazer passar fome que é para eu comer só quando ela está em casa ou quando ela está por perto.
Ela amanhã vai passar no Ikea para me comprar uma tenda já que não me dei bem com a caminha.
Durmo dentro de casa, uso a sala e a cozinha, é tipo Kitchenett, a meu belo prazer e já sei que há certos locais onde não devo ir.

Não sei se estou a gostar de viver fechado. Mas, a Patxocas está a adorar ter-me em casa dela. :o

P.S. - O meu nome é Joker porque a Patxocas achou o filme do Batman brutal e porque parece que estou sempre a gozar com ela porque não ligo a nada do que ela diz ou tenta me ensinar. :)

Revista Visão de 31 de Julho de 2008



As Mulheres têm fios desligados


"Há uns tempos a Joana
-Pai, acabei um namoro à homem
Perguntei como era acabar um namoro à homem e vai a miúda
- Disse-lhe o problema não está em ti, está em mim
O que me fez pensar como as mulheres são corajosas e os homens cobardes. Em primeiro lugar só terminam uma relação quando têm outra. Em segundo lugar são incapazes de
-já não gosto de ti
De
-não quero mais
Chegam com discursos vagos, circulares
-preciso de tempo para pensar
-não é que não te ame, amo-te, mas tenho de ficar sozinho umas semanas
Ou declarações do género de
- tu mereces melhor
-estive a reflectir e acho que já não te faço feliz
-necessito de um mês de solidão para sentir a tua falta

E aos amigos
-dá-me os parabéns que lá consegui livrar-me da chata
-custou mas foi
-amandei-lhe aquelas lérias do costume e a gaja engoliu
-chora um dia ou dois e passa-lhe
E pergunto-me se os homens gostam verdadeiramente das mulheres. Em geral querem uma empregada que lhes resolva o quotidiano e com quem durmam, uma companhia porque têm pavor da solidão, alguém que os ampare nas diarreias, nos colarinhos das camisas e nas gripes, tome conta dos filhos e não os aborreça. Não se apaixonam: entusiasmam-se e nem chegam a conhecer com quem estão. Ignoram o que ela sonha, instalam-se no sofá do dia a dia, incapazes de introduzir o inesperado na rotina, só são ternos quando querem fazer amor e acabado o amor arranjam um pretexto para se levantar (chichi, sede, fome, a janela de que esqueceram de fechar o estore ) ou fingem que dormem porque não há paciência para abraços e festinhas, pá e a respiração dela faz-me comichão nas costas, a mania de ficarem agarrados à gente, no ronhónhó, a mania das ternuras, dos beijos, quem é que atura aquilo? Lembro-me de um sujeito que explicava
- o maior prazer que me dá ter relações com a minha mulher é pensar que durante uma semana estou safo E depois pegam-nos na mão no cinema, encostam-se, colam-se, contam histórias sem interesse nenhum que nunca mais terminam, querem variar de restaurante, querem namoro, diminutivos, palermices e nós ali a aturá-las.
O Dinis Machado contava-me de um conhecedor que lhe aclarava as ideias
- as mulheres têm os fios desligados
E outro elucidou-me que eram como os telefones: avariam-se sem que se entenda a razão, emudecem, não funcionam e o remédio é bater com o aparelho na mesa pare que comecem a trabalhar outra vez. Meus Deus, que pena me dão as mulheres. Se informam
-já não gosto de ti
Se informam
-não quero mais
Aí estão eles alterarem a agressividade com a súplica, ora violentos, ora infantis, a fazerem esperas, a chorarem nos SMS a levantarem a mãozinha e, no instante seguinte a ameaçarem matar-se, a perseguirem, a insistirem, a fazerem figuras tristes, a escreverem cartas lamentosas e ameaçadoras, a entrarem pelo emprego dentro, a pegarem no braço, a sacudirem, a mandarem flores, eles que nunca mandavam a colocarem-se de plantão À porta dado que aquela p*** há-de ter outro e vai pagá-las, dispostos a partes-pagas, cenas ridículas, gritos. A miséria da maior parte dos casais, elas a sonharem com o Zorro, Che Guevara ou eu, e eles a sonharem com o decote da vizinha de baixo, de maneira, de maneira que ao irem para a cama são quatro: os dois que lá se deitam e os outros dois com quem sonham. Sinceramente as minhas filhas preocupam-me: receio que lhes caia na sorte um caramelo que passe À frente delas nas portas, não lhes abra o carro, desapareça logo a seguir por chichi-sede-fome-persianas-mal-descidas-e-os-ladrões-percebes, não se levante quando entram, comece a comer primeiro e um belo dia
(para citar noventa por cento dos escritores portugueses)
- O problema não está em ti está em mim a mexerem a faca na mesa ou a atormentarem a argola do guardanapo, cobardes como sempre. Não tenho nada contra os homens até gosto de alguns. Dos meus amigos. De Schubert. De Ovídio. De Horácio, de Vergílio. De Velásquez. De Rui Costa. De Einzenberger. Razoável a minha colecção. Não tenho nada contra os homens a não ser no que se refere às mulheres. E não me excluo: fui cobarde idiota, desonesto.
Fui
(espero que não muitas vezes)
rasca. Volta e meia surge-me na cabeça uma frase do Conrad em que ele comenta que tudo o que a vida nos pode dar é um certo conhecimento dela que chega tarde de mais. Resta-me esperar que ainda não seja tarde para mim. A partir de certa altura deixa de se jogar às cartas connosco mesmos e de fazer batota com os outros. O problema não está em ti está em mim, que extraordinária treta. Como os elogios que vêm logo depois: és inteligente, és sensível, és boa, és generosa, oxalá encontres etc..., que mulher não ouviu bugigangas destas? Uma mulher contou-me que o marido iniciou o discurso habitual
- mereces melhor que eu
levou com a resposta
- pois mereço. Rua.
Enfim, mais ou menos isto, e estou a ver a cara dele à banda. Nem uma lágrima para amostra. Rua. A mesma lágrima para amostra. Rua. A mesma amiga para uma amiga sua.
- o que faço às cartas de amor que me escreveu?
e a amiga sua
- Manda-lhas. Pode ser que façam falta.
Fazem de certeza: é só copiar mudando o nome. Perguntei à minha amiga
- E depois de ele se ir embora?
- Depois chorei um bocado e passou-me.
Ontem jantámos juntos. Fumámos um cigarro no automóvel dela, fui para casa e comecei a escrever isto. Palavra de honra que vi na janela uma árvore a sorrir-me. Podem não acreditar mas uma árvore a sorrir-me."
In Revista Visão nº 804

Queria pedir aos senhores de lá de cima para canalizarem as energias negativas para outra pessoa qualquer. Pode ser?
  • Não bastou o meu mundo ter desmoronado e ter sentido que o facto de amar alguém com todas as minhas forças não ser o suficiente para uma relação.
  • Não bastou o facto de alguns amigos que eram comuns a mim e ao meu ex. nem terem mandado sms ou emails a perguntarem se estava bem
  • Não bastou o facto de ter ido morar para uma casa em Oeiras de uns amigos e depois essa casa ter sido vendida e eu ter que sair à pressa de lá
  • Não bastou o facto de ter descoberto de que o ex decidiu manter os planos de férias que tinhámos desde o ano passado e lá vai ele com a nova "amiga"
Agora ainda tive que ter um acidente de carro?
Eu fiquei com nódoas negras, um joelho e braço magoados e um trauma do caraças. Não me lembro do acidente. Só da cor do carro que vinha fora de mão de lá para cá.


Por isso, peço: Oh meus deuses.. larguem-me por favor.
Preciso de viver normalmente.


Assinado:
Patxocas


P.S. - Este ano, se não fosse a semana de férias em Junho e a semana na Holanda com a O. julgaria que não mereço ser mesmo feliz e ter paz. :(